segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Beth Carvalho - Artista de samba


Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho (Rio de Janeiro, 5 de maio de 1946), é uma cantora e compositora brasileira de samba. Desde que começou a fazer sucesso, na década de 1970, Beth se tornou uma das maiores intérpretes do gênero, ajudando a revelar nomes como Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, o grupo Fundo de Quintal e Arlindo Cruz.


A carreira de Beth Carvalho se originou na Bossa nova. No início de 1968 participou no movimento Música nossa, que foi fundado pelo jornalista Armando Henrique, e pelo hoje, maestro Hugo Bellard. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções "O Som e o Tempo", no longplay do Música nossa.
Nesta época ela gravou com o cantor
Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon.
Em
1965, gravou o seu primeiro compacto simples com a música “Por quem morreu de amor”, de Menescal e Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela.
Vieram os festivais e Beth participou de quase todos:
Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu primeiro grande sucesso, “Andança” é o título de seu primeiro LP lançado no ano seguinte.
A partir de
73, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”.
Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em
72, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e em 75, fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”.
Diz o poeta que todo artista tem de ir onde o povo está. Esses versos, além de grande verdade, definem com rara precisão a atitude de Beth Carvalho diante da vida. Beth é inquieta. Não espera que as coisas lhe cheguem, vai mesmo buscar. Pagodeira, conhece a fertilidade dos compositores do povo e, mais do que isso, conhece os lugares onde estão, onde vivem, onde cantam, como cantam e como tocam.
Frequentadora assídua dos pagodes, entre eles os do
Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Por essa característica, Beth ganhou a alcunha de "Madrinha do Samba". Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique.
A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de Madrinha do Pagode. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil, é aclamada também como Diva dos Terreiros e Rainha do Samba.
Em
1979, Beth se casou com Edson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro, que participou da Copa do Mundo de 66 e um grande amante do samba. Em fevereiro de 1981 se torna mãe de uma menina linda a quem Edson deu o nome de Luana. Hoje, Luana Carvalho é atriz e cantora, e ganha aos poucos o seu merecido espaço. Para Beth, ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida.
Até aqui, são 42 anos de carreira, 31 discos, 2 DVDs e apresentações em diversas cidades do mundo:
Angola, Atenas (onde representou o Brasil no festival “Olimpíada Mundial da Canção” em um teatro de arena construído há 400 anos a.C. Hoje, Beth tem um busto na Grécia), Berlim, Boston (na Universidade de Harvard), Buenos Aires (no Luna Park projeto “Sin Fronteiras” da cantora e amiga Mercedes Sosa), Espinho, Frankfurt, Munique, Johannesburgo, Lisboa (no show do jornal comunista “Avante”, para um público de 300 mil pessoas), Lobito, Luanda, Madri, Miami, Montevidéu, Montreux (onde participou do famoso festival em 87, 89 e 2005), Nice, New Jersey, Nova York (no Carnegie Hall), Newark, Paris, Punta del Este, São Francisco, Soweto, Varadero (Cuba), Zurique, Milão, Padova, Toulouse e Viena.
No
Japão, embora nunca tenha feito shows, vende milhares de cópias de CDs e tem sua carreira musical incluída no currículo escolar da Faculdade de Música de Kyoto.
Beth Carvalho tem 6
Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, 9 de Platina, 1 DVD de platina, centenas de troféus e premiações diversas.
Em
1984, foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçu, “Beth Carvalho, a enamorada do samba”, com o qual a escola foi campeã e subiu para o Grupo Especial. Como o Sambódromo foi inaugurado neste mesmo ano, Beth e a Cabuçu foram as primeiras campeãs do Sambódromo. Dentre todas as homenagens já feitas à grande cantora, Beth considera esta, a maior de todas. E declara: “Não existe no mundo, nada mais emocionante do que ser enredo de uma escola de samba. É a maior consagração que um artista pode ter”. Em 85, Beth foi enredo novamente. Dessa vez, da escola de samba Boêmios de Inhaúma.
Em
1997, viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de seu repertório, ser tocada no espaço sideral, quando a engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra, programou para ‘acordar’ o robô em Marte.
Beth Carvalho gravou o 25º disco, “Pagode de Mesa” ao vivo, em apresentação na gravadora
Universal Music. Max Pierre, diretor artístico da Universal, traduziu o que ela costuma fazer sempre: cantar o samba de raiz em torno das mesas de quintais, terreiros e quadras, nos pagodes que reúnem os melhores partideiros, músicos e poetas do gênero.
Embora Mangueirense de coração, Beth foi homenageada pela Velha Guarda da Portela, com uma placa alusiva ao fato de ser a cantora que mais gravou seus compositores.
Em junho de
2002, recebeu das mãos de D. Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira. A entrega desse Troféu, realizada no Teatro Rival do Rio de Janeiro, tornou-se, com Beth Carvalho, um recorde de bilheteria da casa.
Carioca da gema e amiga de Cuba, foi solicitada pela presidência da
Câmara Municipal do Rio de Janeiro para entregar a Fidel Castro, o título de Cidadão Honorário da cidade.
Seu 26º disco, “Pagode de Mesa 2”, concorreu ao
Grammy Latino na categoria melhor disco de samba. O 27° foi o CD “Nome Sagrado – Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho”, seu compositor preferido, com participação do afilhado Zeca Pagodinho, Wilson das Neves, Guilherme de Brito (parceiro mais constante de Nelson). Este projeto foi tirado de uma gravação caseira do arquivo de Beth e vendido em bancas de jornal. A cantora obteve grande repercussão pela ousadia da empreitada e concorreu ao Prêmio TIM de Música Brasileira como melhor disco de samba.
Seu 28° CD, “Beth Carvalho canta Cartola“, foi uma compilação idealizada pelo jornalista e grande fã de Beth, Rodrigo Faour. Beth foi a intérprete preferida de Cartola e responsável pela volta desse grande mestre à mídia.
Em
2004, a cantora gravou seu primeiro DVD “Beth Carvalho, a Madrinha do Samba”, que lhe rendeu um disco de Platina. O CD que saiu junto foi disco de ouro e indicado ao Grammy Latino de 2005 como melhor álbum de samba.
Depois de lançar este trabalho com sucessos acumulados ao longo dos anos, em 2005 Beth Carvalho seguiu em turnê internacional, fechada com chave de ouro no
Festival de Montreux, exatamente 18 anos após sua primeira apresentação na Suíça. Este registro será lançado em DVD pela gravadora Eagle, com distribuição na Europa, Japão, EUA e Brasil. A turnê mostrou sua força em números: mais de 10 mil pessoas assistiram ao show em Toulouse, na França, platéia lotada no Herbst Theatre, em São Francisco e lotação esgotada em Los Angeles.
Em dezembro do mesmo ano, a cantora abriu o Theatro Municipal do Rio de Janeiro para celebrar o Dia Nacional do Samba e seus 40 anos de carreira. O show antológico, que reuniu grandes sambistas da atualidade, como
Dona Ivone Lara, Monarco, Nelson Sargento, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, entre outros, foi lançado em CD/DVD no fim de 2006, inaugurando seu próprio selo “Andança”.
Em
2007, a cantora lançou também pelo selo Andança, o CD/DVD “Beth Carvalho canta o Samba da Bahia”, com um repertório de sambas de compositores baianos, de diferentes gerações. O DVD foi gravado pela Conspiração Filmes em agosto de 2006, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Entre os convidados , estavam Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Olodum, Riachão, Danilo Caymmi, entre outros. O DVD traz ainda um histórico documentário sobre o samba de roda da Bahia.






Composições e parcerias
"A velha porta" - com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós
"Afina o meu violão" - com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto
"Canção de esperar neném" - com Paulinho Tapajós
"Joatinga" - com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós
"Sereia" - adaptação do folclore baiano.












VINICIUS RANNA Nº23




Chico Buarque

Francisco Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), mais conhecido por Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro.

Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativamente na década de 1970. A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é de 1961.

Programas televisivos

Deixou de participar de programas populares de televisão, tendo problemas com o apresentador Chacrinha, que teria feito uma piada com a letra da canção Pedro Pedreiro, ao ouvir o ensaio. Irritado, Chico foi embora e nunca se apresentou no programa. O executivo Boni proibiu qualquer referência a Chico durante a programação da TV Globo, depois que ambos também tiveram um entrevero, mas por pouco tempo, uma vez que ainda durante a década de 1970 (e o começo da de 80) músicas suas constavam das trilhas de várias telenovelas, como Espelho Mágico e Sétimo sentido. Ao fim da proibição vários anos depois, Chico aceitou fazer um programa com Caetano Veloso, que contou com a participação de outros artistas.

O "eu" feminino

Composições que se notabilizaram pela decantação de um "eu" feminino, retratando temas a partir do ponto de vista das mulheres com notória poesia e beleza.

Nicholas P. Martinelli numero 20

Yamandu Costa


Yamandu Costa, e um violonista e compositor brasileiro nascido em Passo Fundo - RS, filho da cantora Clari Marson e do multiinstrumentista e professor de música Algacir Costa. Começou a estudar violão aos sete anos de idade com o pai, Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços e aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os quinze anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por outros brasileiros, tais como Baden Powell, Tom Jobim, Raphael Rabello entre outros. Aos dezessete anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no Circuito Cultural Banco do Brasil, produzido pelo Estúdio Tom Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.

Yamandu toca estilos diversos como choro, bossa nova, milonga, tango, samba e chamamé, sendo difícil enquadrá-lo em uma corrente musical, dado que mistura todos os estilos e cria interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.

Filipe Rezende, N° 10 / 3° B



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Radiola Santa Rosa "Caio Bosco"

Caio Bosco é um músico, cantor/compositor e produtor da cidade do Guarujá, litoral de São Paulo. Começou a sua trajetória através do Hip Hop experimental com o projeto “Radiola Santa Rosa”. O estreitamento da relação com a música brasileira, que servia de matéria prima para a produção das suas bases, despertou inquietações na alma do poeta que decidiu alçar vôos para a pluralidade do Rock’n Roll, agregando elementos de Jazz, Dub, MPB, Eletrônica e Ambient. Em um processo de total imersão e disciplina, Caio transformou a sua condição em filosofia, na companhia da Dona Jô (dona da casa onde produziu suas gravações), vários equipamentos e chá verde, o compositor buscou a voz de sua alma e empunhando a sua guitarra, recebeu entidades xamânicas e a vibração dos seus heróis. A criatividade extraiu do universo um mundo musical idiossincrático: “lo-fi”, brasileiro, praiano e muito original. O Diamante EP traz ao público uma prévia do primeiro álbum de Caio Bosco, com três músicas especiais para esse EP como “Na2SO4+2H2O”, inspirada na música “Agua e Sal” de Walter Franco, cedida e abençoada pelo próprio autor. Produzido e quase todo gravado pelo próprio Caio no estúdio-caseiro “Satori”, o disco conta com mixagens e remixagens de Quim Vasconcellos (Argila Music, Maskavo Roots), Alexandre Basa (Turbo Trio, Black Alien), Buguinha Dub (Nação Zumbi, Lucas Santtana, Cidadão Instigado) e Emerson Tripah (Sabão Em Pedra, Satori Studio), que ajudaram a costurar as idéias analógicas, recortadas e coladas em busca da sonoridade do auto-conhecimento.

Vídeos:




O sampleadélico Radiola Santa Rosa é formado pelo músico e vocalista Caio Bosco e o turnitablista DJ Beto. Usando hip hop, dub e musica eletrônica como ferramenta para fazer musica brasileira, o som da dupla é uma mistura étnica, alternativa e experimental.

Em suas letras vemos muitas vezes mensagens e ensinamentos do Budismo. O 1° disco, Disqueria, é um disco autoral e de músicas inéditas, já o 2° disco, Duberia, é um disco de remixes do 1° disco mas no estilo dub.

Bruna Ponce 3B

Marcelo D2



Em Maio de 2006, lançou o seu terceiro disco de originais a solo, Meu Samba é Assim. O disco, bem recebido pela crítica, reforçou a tendência de mistura do rap com samba, e inclui alguns convidados especiais.

A apresentação do novo disco incluiu uma excursão de dois meses pela Europa, com início dia 4 de Junhoem Portugal, na abertura do último dia do Rock in Rio Lisboa 2006. Marcelo D2 fez nesta digressão uma pequena pausa para alguns concertos nos Estados Unidos da América.

Venceu o Prêmio Multishow 2007 na categoria Melhor Clipe, com Dor de Verdade. Ainda no mesmo ano o single That's What I Got ganhou uma versão mixada, que entrou na trilha sonora nacional de Malhação 2007, que abriu o disco. Em 2008 várias músicas do cantor foram compradas para estar na trilha sonora do filme americano Turistas.


Marcelo D2 (nome artístico de Marcelo Maldonado Gomes Peixoto, Rio de Janeiro, 5 de Novembro de 1967) é um rapper brasileiro ex-vocalista da banda Planet Hemp, que hoje segue em carreira solo.

"D2", no jargão dos usuários de maconha, significa dar apenas alguns "tragos" na droga; Marcelo é assumidamente usuário da droga,[1] e teria colocado o D2 em seu nome como forma de expressar que fuma maconha - e foi falando dela que ele começou nos palcos.

Célebre por misturar o samba com a black music, fez várias parcerias com artistas de outros gêneros, como o axé music, e com pessoas que fazem batidas de música eletrônica com a boca, popularmente conhecido como beatbox. Atualmente, um de seus principais parceiros em shows e turnês, é Fernandinho BeatBox, o qual, faz alguns efeitos em suas músicas, e sempre é chamado ao palco, para animar o público, com seus hits.

Curiosidade:

Na gíria dos usuários de maconha a expressão "D2" significa utilizar a droga sem grande frequência. Foi justamente por ser usuário assumido da substância ilícita, que o rapper brasileiro, Marcelo Maldonado Peixoto, adotou o termo como nome artístico. Também foi falando abertamente sobre o assunto que o rapaz da Zona Norte do Rio de Janeiro ingressou no mundo da música e começou a fazer fama. Hoje é reconhecido pela mistura inusitada de samba ao estilo black music, que possibilitou a difusão do ritmo americano no Brasil e da música brasileira no exterior.

Vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=OnRx0z6i1_4

http://www.youtube.com/watch?v=JqijK7TqUaE

http://www.youtube.com/watch?v=8qnhPjJn9oc



Bruna Ponce 3B






segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Jorge Aragão

Sambista, começou sua carreira na década de 1970, em bailes e casas noturnas. Como compositor, despontou em 1977, quando Elza Soares gravou sua composição "Malandro" (com Jotabê). Foi integrante do grupo Fundo de Quintal (núcleo do gênero pagode) e um de seus principais compositores e letristas, tendo por isso abandonado o conjunto algum tempo depois para dedicar-se à carreira solo. Quase todos os grandes intérpretes de samba (Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila) têm canções de Jorge Aragão em seu repertório.

O primeiro disco solo, "Jorge Aragão", veio em 1982, pela Ariola. Conhecedor do carnaval carioca, foi comentarista dos desfiles de escolas de samba nas TV's Globo, Manchete e nos últimos anos no projeto Carnaval do Povão pela CNT. Com doze discos lançados, excursionou pelos Estados Unidos e se apresenta em várias cidades do Brasil. Entre seus sucessos estão "Coisinha do Pai" (com Almir Guineto e Luiz Carlos), consagrado na gravação de Beth Carvalho que valeu uma gravação inédita em 1997 para acordar Mars Pathfinder um robô da Nasa em Marte; "Coisa de Pele", "Vou Festejar", "Alvará", "Terceira Pessoa", "Amigos… Amantes", "Do Fundo do Nosso Quintal" e "Enredo do Meu Samba" entre outras. Sua música, "Eu e Você Sempre", gravada originalmente pelo grupo Exaltasamba em 2000 tornou o grupo conhecido.

Com quase 30 anos dedicados inteiramente à MPB, Jorge Aragão continua em atividade. O veterano do samba se mantém firme no mercado, apostando em uma série de CDs ao vivo (Ao vivo 1 e 2). O álbum ”Jorge Aragão Ao vivo Convida”, lançado pela Indie Records, em2002, traz duetos antológicos do sambista com figuras consagradas como Zeca Pagodinho, Alcione, Elza Soares, Beth Carvalho, Emílio Santiago, Leci Brandão, entre outros.Mais tarde, depois de um disco de estúdio chamado Da Noite pro Dia vem mais um DVD ao vivo gravado no Canecão (Rio de Janeiro) com o mesmo nome também tendo uma ótima vendagem. Atualmente o sambista está com o disco `E aí?`, com boa recepção do público.


Link do Vídeo = http://www.youtube.com/watch?v=y839-I6Ad18


Comentário = sambista das antiga, e toca muito, um samba monstro num churras é irado kkkk...

Bruno S. Obeidi n° 4 3°B

Bezerra da Silva


José Bezerra da Silva (Recife, 23 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2005) foi um cantor, compositor e violonista, percussionista e interprete brasileiro dos gêneros musical Coco e Partido Alto, sub-gêneros do Samba. Considerado o embaixador dos morros e favelas, cantou sobre os problemas sociais encontrados dentro das comunidades, se apresentando no limite da marginalidade e da indústria musical, também é considerado um dos principais expoentes do samba do estilo partido alto.
Biografia
Nordestino, desde a infância foi ligado à música e sempre "sentiu" que apresentava o dom de tocar, causando atritos com a família.
O pai, da Marinha mercante, saiu de casa quando Bezerra era pequeno, indo morar no Rio de Janeiro. Com isso, depois de ingressar e ser expulso da Marinha mercante, descobriu o paradeiro do pai e foi atrás dele. Causando mais atritos com o pai, foi morar sozinho, no Morro do Cantagalo, trabalhando como pintor na construção civil. Juntamente, era instrumentista de percussão e logo entrou em um bloco carnavalesco, onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950.
Durante sete anos viveu como mendigo nas ruas de Copacabana, onde tentou suicídio e foi salvo por um Santo da Umbanda. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentista e cantor, gravando o primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois.
Inicialmente gravou músicas sem sucesso. Mas a partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar o público. O repertório dos discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a mostrar a sua realidade em músicas como: "Malandragem Dá um Tempo", "Sequestraram Minha Sogra", "Defunto Caguete", "Bicho Feroz", "Overdose de Cocada", "Malandro Não Vacila", "Meu Pirão Primeiro", "Lugar Macabro", "Piranha", "Pai Véio 171", "Candidato Caô Caô".
Em 1995 gravou pela gravadora carioca CID "Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert", uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O sambista virou livro em 1998, com "Bezerra da Silva - Produto do Morro", de Letícia Vianna.
Em 2001 tornou-se evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus e em 2003 gravou o CD Caminho de Luz com músicas gospel. Em 2005, perto da morte, mas ainda demostrando plena atividade, participou de composições com Planet Hemp, O Rappa, Velhas Virgens e outros nomes de prestígio da Música Popular Brasileira.
Morreu em 2005, aos 77 anos de idade, perto de completar 78, eternizando-se no mundo do samba.
Morte
Bezerra morreu na manhã de segunda-feira, dia 17 de janeiro de 2005 aos 77 anos, depois de sofrer uma parada cardíaca. De acordo com o último boletim médico, a causa do óbito foi falência múltipla dos órgãos. O corpo de Bezerra foi velado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. O sepultamento foi em uma terça-feira no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju.
Bezerra estava internado desde o dia 28 de outubro, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, com embolia pulmonar e pneumonia.
O curioso desta data é que Bezerra se auto-intitulava "bom malandro", por isso quando morresse, queria que não fosse numa sexta-feira ou feriado, para não atrapalhar a praia dos amigos. E morreu numa segunda-feira - ou seja, depois do fim-de-semana e no dia 17 de janeiro, o primeiro mês do ano.se foi o rei do SAMBA deixando todos abalados pela sua morte. Um fato curioso lembrado pelo sambista e amigo Dicró foi que a morte de Bezerra da Silva se deu no dia 17/1, uma verdadeira sátira ao 171 tão aclamado em suas músicas. "Malandro é malandro e mané é mané"
Temas de músicas
Os principais temas de suas músicas foram a vida do povo e os problemas da sociedade e das favelas, como a exploração e a opressão sofridas pelos trabalhadores, a malandragem e ladrões à margem da lei, a questão do uso de drogas como a maconha e cocaína e a condenação à caguetagem, ou delação. Esta última temática se refere a uma das principais estratégias de sobrevivência da "malandragem" em comunidades militarizadas pelo Estado e sob constante vigilância policial, onde a "malandragem" exerce influência e medo para que os moradores destas localidades não os delatem aos órgãos do Estado. São numerosos os sambas de Bezerra da Silva que "condenam" de forma apológica os "dedo-duros". Reflexos de uma sociedade que habita um estado incapaz de garantir a segurança da população, que apela para a falsa segurança oferecida por traficantes e marginais, mas que na maioria das vezes é necessária, pois os indivíduos de fora deste grupo social os tem como inimigos. Concluindo-se assim, que não são os moradores do morro que fomentam a guerra, apenas defendem-se como podem.




Matheus Calejo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Arlindo Cruz

Arlindo ainda venceria na Serrinha em 1999, 2001 - samba que ganhou o Estandarte de Ouro do jornal O Globo, 2003, 2006 e 2007.

Aos sete anos, o menino ganhou o primeiro cavaquinho. Empolgado com o instrumento, esperava ansioso o pai chegar do trabalho para aprender a tocar. Aos doze já tirava muitas canções de ouvido, e, como seu irmão, Acyr Marques, aprendia violão.

Entrou para a escola Flor do Méier, onde estudou teoria, solfejo e violão clássico por dois anos. E já nessa época começou a trabalhar profissionalmente como músico, fazendo rodas de samba com vários artistas, inclusive Candeia, que ele considera seu padrinho musical. Com Candeia, gravou seus primeiros discos, um compacto simples, pela gravadora Odeon, e um LP chamado Roda de Samba (hoje encontrado em CD). Em ambos tocou cavaquinho.

Ao completar 15 anos foi estudar em Barbacena MG, na escola preparatória de Cadetes do Ar (onde conheceu o apresentador Marcelo Tas que também estudava na mesma escola) ,mas não abandonou a música. Cantava no coral da escola. Começava, então, a nascer o compositor Arlindo Cruz, que ganhou festivais em Barbacena e Poços de Caldas.

Quando deixou a Aeronáutica, passou a freqüentar a roda de samba do Cacique de Ramos, que já revelava novos talentos. Ia todas as quartas-feiras, curtir e aprender ao lado de Jorge Aragão, Beth Carvalho, Beto sem Braço, Ubirani e Almir Guineto. Outros jovens seguiam o mesmo caminho, entre eles, Zeca Pagodinho e Sombrinha - que viria ser seu parceiro.

Os mestres não demoraram a reconhecer em Arlindo Cruz o grande compositor que já se percebia. Logo no primeiro ano de Cacique, teve doze canções gravadas por vários intérpretes. A primeira delas foi "Lição de Malandragem". Depois vieram outros sucessos, como "Grande Erro" (Beth Carvalho), "Novo Amor" (Alcione) e tantos outros.

Com a saída de Jorge Aragão do Fundo de Quintal, Arlindo Cruz foi convidado a participar do Grupo. Foram, então, 12 anos de dedicação e sucesso. Neste período, gravou com quase todos artistas do Pagode e deu as canções mais lindas ao FDQ: "Seja sambista também", "Só Pra Contrariar", "Castelo Cera, "O Mapa da Mina", "Primeira Dama".

Zeca Pagodinho gravou Bagaço de Laranja, Casal Sem Vergonha, Dor de Amor, Quando eu te vi Chorando. Beth Carvalho transformou em sucessos:"Jiló com Pimenta", "Partido Alto Mora no meu Coração", "A Sete Chaves". Reinaldo gravou "Pra ser Minha Musa" e "Onde Está".

Arlindo Cruz tem mais de 550 canções gravadas por diversos artistas e é considerado o responsável pela proliferação do banjo no samba. Arlindo Cruz saiu do Fundo de Quintal em 1993 e começou um carreira solo, logo depois fez parceria com Sombrinha. e anos depois se casou e teve um filho chamado Arlindo também.

A partir de meados da década de 90, Arlindo passou a concorrer nas disputadas eliminatórias de samba enredo de sua escola de samba do coração: o Império Serrano. A primeira vitória foi em 1996, no enredo "E verás que um filho teu não foge à luta". Arlindo implacaria o hino imperiano também no ano seguinte, mas a escola acabou caindo para o Grupo de Acesso A.

Arlindo concorreu em 2008 pela primeira vez em outra escola. Ele venceu na Grande Rio no enredo "Do Verde de Coarí Vem Meu Gás, Sapucaí!". Desde que começou a disputar nas eliminatórias, Arlindo Cruz já venceu 8 vezes!

Hoje em dia Arlindo prossegue em carreira solo, na evolução do samba. Da Madureira do Império Serrano e do Pagode do Arlindo, das rodas de partido-alto de quartas à noite e domingos à tarde na quadra do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, Arlindo Cruz prossegue essa linhagem já lá se vão 30 anos.

Em meados de 2009, é lançado o DVD e CD duplo "MTV Ao Vivo Arlindo Cruz" (Deckdisc), além da celebração de uma obra, a consagração, como cantor, desse compositor que discretamente mudou a cara do samba nas últimas décadas. E mudou a cara preservando a essência, recolocando o samba no rádio, popularizando as rodas de samba, incentivando a rapaziada mais nova a ficar no samba, abrindo diálogos com a chamada MPB e com outros gêneros (como o hip hop, de Marcelo D2), compondo muito e bonito para tudo quanto é cantor ou grupo novo, cultivando todos os gêneros, do partido-alto ao samba-enredo, do samba romântico ao de fundo social.

Arlindo fez, nesses 30 anos de carreira, um discreto trabalho cultural que este novo projeto resume e evidencia